É muito comum encontrarmos, nas redes sociais, diversas especulações sobre os critérios de correção das redações nas bancas de vestibulares. Quando o assunto é a redação do Enem, há uma profusão de mitos, macetes e fórmulas mágicas para que o estudante, em um momento de desespero e, sim, despreparo, acabe lançando mão de recursos que nem sempre darão certo. Com o repertório sociocultural, esse fenômeno se dá de modo assustador: capítulos de apostilas são dedicados para orientar o aluno a decorar frases de pensadores. Agora pense: como se não bastasse todo o conteúdo a ser estudado, não seria demais ter mais isso?

O repertório sociocultural é um dos critérios da Competência II na redação do vestibular do Enem, junto com abordagem completa do tema e uso da tipologia exigida, no caso, o texto dissertativo-argumentativo. A ideia é fazer com que o candidato associe conteúdos adquiridos ao longo da formação acadêmica e da cultural ao tema proposto pela banca. Por isso, é possível usar conteúdos de diversas áreas do saber: História, Literatura, Biologia, entre outros. Além disso, séries, músicas, filmes e até sites de notícias servem como recurso na produção textual.

Desse modo, seguem dicas para usar adequadamente o repertório sociocultural na redação:

  • use um repertório legitimado, ou seja, reconhecido academicamente;
  • não adianta apenas citar uma frase de um filósofo ou sociólogo. Seu repertório deve ser produtivo, sendo desenvolvido, explicado no texto e relacionado à ideia apresentada;
  • o repertório deve ser pertinente ao tema. Logo, nem sempre usar a mesma frase de uma obra de Machado de Assis vai se enquadrar no assunto a ser abordado;
  • para melhorar o seu repertório, leia mais textos opinativos, faça resumos dos conteúdos escolares, assista a filmes e documentários, siga canais no YouTube.

É fácil usar esse recurso, desde que você busque conhecimento para isso.

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