Na última segunda-feira (05/10), o mundo se viu em uma espécie de apagão das redes sociais Facebook, WhatsApp e Instagram, gerando prejuízos a negócios dependentes dessas ferramentas. Desde então, surgiram reflexões a respeito do papel que esses aplicativos possuem no mundo dos negócios e como administrar empresas sem recorrer a eles.

    É fato que ontem se escancarou um aspecto grave: uma empresa possui um poder colossal no planeta em termos de comunicação. Quem nunca parou para refletir teve de se deparar com uma realidade a qual se descortina como monstruosa e preocupante, visto que informações e a manipulação delas estão à mercê de Zuckerberg, interferindo nos cenários políticos, interpessoais e econômicos. A situação piora, sobretudo, quando se veem pequenos e médios negócios simplesmente parados diante desse mini armagedon digital, cuja duração foi de 7 horas. A questão a ser pensada com seriedade é: vale a pena deixar seu negócio totalmente dependente desses recursos? Na falta deles, existe um “plano B”?

    Há muitos anos, na faculdade de Gastronomia, tive aulas de logística e aprendi que sempre se deve pensar em planos B, C, D quando algo der errado. Assim levo para minha vida profissional e para o meu curso, de modo que reinventei o Escreva em uma semana diante no cenário de pandemia, quando tudo teve de fechar. Do mesmo modo aconteceu ontem, com a pane das redes: usar outros recursos, como e-mail e aplicativos, além de selecionar o que era urgente e o que poderia esperar foram caminhos para não entrar em pânico, não me juntar à profusão de pessoas ansiosas, desesperadas, e não virar meme.

    O filme Dilema das redes descortina a questão relacionada ao mal que as redes sociais causam na sociedade, na democracia, além de sinalizar o problema de deixarmos absolutamente tudo nas mãos de uma única empresa. Cabe a todos nós o cuidado com elas e a prevenção para situações de pane. O plano B, em um cenário de ausência desses instrumentos, pode ser um caminho para a renovação de um negócio e para se lançar à frente de quem optou por deitar na BR e chorar.

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